Uma hora a gente cansa. Uma hora o peso da atenção não dada,
a palavra mal dita, o cuidado ausente e o desinteresse presente batem na porta
e a gente acaba abrindo. É que ninguém consegue- ou pelo menos não deveria
conseguir- permanecer por muito tempo onde predomina a sensação de estar amando
sozinho.
(Imagem da internet)
Não dá. Não é justo. Ninguém merece viver de migalhas, viver implorando
direta ou indiretamente pela reciprocidade sentimental de alguma outra pessoa
que deixa claro não querer viver a mesma coisa. Uma hora a gente acorda e se da
conta que não dá para tapar o sol com a peneira quando se trata de sentimentos
e chega um momento que nos damos conta que merecemos mais. Mais que abraços
folgados, beijos sem vontade, sorrisos forçados e toques sem amor. Mais que breves
sensações de paz.
(Imagem da internet)
A gente aprende que ficar com alguém por medo de ficar
sozinho é padecer em dobro. É dilacerar, pouco a pouco, a alma. É pisotear em
tudo de bom que possui dentro da gente. É ignorar o fato que carregamos
qualidades que merecem ser valorizadas. É permitir que a infelicidade entre e
se acomode.
Não dá para viver assim. Não dá para perder o controle total da
vida. Eu sei, tem coisa que a gente não controla. Mas, meu amigo, mendigar amor
é implorar de joelhos para ter o coração partido, o íntimo devastado e alma
arrasada. Mas quem ajoelha, também levanta. Mais firme, de cabeça erguida,
coluna ereta e com a certeza que em pé a vista é melhor.
(Imagem da internet)
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