Já ouvi dizer por ai que relacionamento bom e com
durabilidade prevista é aquele que o casal vive entre tapas e beijos. Mas, ao
ler um pouco mais sobre o tipo da relação dita, percebi que tal denominação era
apenas um eufemismo para falar das relações que vivem a base de brigas, palavras
mal ditas, impaciência e o famoso termina e volta (mais de cinco vezes no mês,
se bobear). Não entendo como alguém pode se sentir bem tendo o coração e alma
devastados, pouco a pouco, com esse tipo de situação.
(Imagem: Emile Castro)
Hoje ele (a) diz que você é um erro na vida dele (a) e
amanhã te procura pedindo desculpas e dizendo que te ama?! Na semana seguinte ele
(a) se estressa com uma atitude sua e simplesmente te ignora nos próximos dias,
até o momento em que ELE (a) achar que deve reaparecer e dizer, mais uma vez,
que foi apenas um momento ruim, mas já passou, ao invés de te chamar para
conversar e aparar as arestas?! Ele (a)
te xinga e te agride verbalmente porque viu uma mensagem suspeita no seu WhatsApp
-ou todas as vezes em que o ciúme o(a) domina- sem sequer abrir espaço para uma
conversa franca e que haja explicações?! Passar mais de uma semana de bem um
com o outro é como ter a sensação de estar em um campo minado, pois, basta “pisar
em falso” e tudo explode. Como alguém pode viver em paz quando situações como
essas fazem parte da rotina, aliás, quando isso tudo vira a própria rotina?
Porque relacionamento tem que ser aquela coisa boa com
alguns flashes de momentos ruins, mas que são lidados e superados pelo casal e
não aquela coisa ruim com alguns momentos de felicidade. Se isso acontece, algo
precisa ser mudado.
Zíbia Gasparetto disse “você está onde se põe”. E é exatamente
isso. Não se ponha em qualquer lugar ou situação, aceitando qualquer resquício
de amor e atenção que a outra pessoa tem para oferecer e achando que é o
suficiente. Você merece a paz de um coração que suspira de alívio e calma e não
de angústia e incerteza. Não se engane achando que uma hora tudo vai mudar,
dificilmente, quiçá nunca, o que começa errado uma hora dar certo.
(Imagem: Emile Castro)
Não estou dizendo que o meu certo é o seu e vice versa. Mas
uma coisa eu garanto, sem medo de generalização ou exagero, nada que dilacera
nossa alma, estraçalha nosso coração, tira nosso equilíbrio emocional e faz até
nos esquecermos quem somos de verdade, não
é -e nunca será- a chave que irá abrir a porta da felicidade a dois.
Comentários
Postar um comentário