A mudança é assustadora. Às
vezes ela é um monstro enorme e indomável, tantas outras é um monstrinho que a
gente enfrenta rápido. Mas independentemente do tamanho ou intensidade, é mais
do que normal que, ao sair da nossa zona de conforto -que algumas vezes de confortável
não tem nada- nos sintamos assustados e inseguros mesmo. A gente não sabe o que
nos espera, como vai ser, como agir ou reagir às novas sensações, situações e
momentos.
Como e quando essa mudança
acontece também é algo que foge do nosso domínio. Conheço pessoas que esperam há
anos que algo que anda desajustado se ajuste em sua vida e outras que em pouco
tempo teve a vida revirada de cabeça para baixo. Umas escolheram mudar. Outras
foram obrigadas, viram-se em um beco sem saída. Mas o que eu quero dizer com
todo esse papo sobre mudar e mudanças é que não importa quais sejam, não
importa se a gente escolheu ou não, fechar ciclos e, consequentemente,
experimentar mudanças, é algo que vai acontecer em nossa existência sempre.
(Imagem da internet)
E eu quero te falar que não
precisa se desesperar. O que você acha ser o fim do mundo, do seu mundo, é o
recomeço. É a vida te dando oportunidade de repensar, reviver, (re)amar e remar
para novos lugares, ares e lares. É seu interior tendo a oportunidade de se
refazer. É você tendo a chance de se olhar no espelho e ter a coragem de fazer
aquilo que sempre quis fazer ou que nunca se imaginou fazendo. Mas faz., Mas
vai. Porque se você para nesse momento em que tudo parece ter desandado, você
deixa de experimentar a deliciosa e necessária sensação de recomeçar. Nem
sempre o recomeço precisa acontecer do zero, ele só precisa te fazer pegar
rumos que te tragam a paz e te devolvam a delícia que é viver e sentir-se vivo.
Não importa se foi o
relacionamento que acabou. O emprego que não durou. A faculdade que não te
agrada mais. O cabelo que não te faz mais bem. A cor da sua casa que já te
enjoou. Não importa. Das coisas mais banais às mais sérias, chega uma hora que
elas mudam. Terminam. Vão-se. Chega uma hora que a gente precisa soltar a corda
e parar de ferir as mãos querendo segurá-la. As feridas irão cicatrizar. Vai
por mim. Tudo vai se ajeitar. Mas você precisa ter coragem e acreditar que
muitos fins nos fazem, na verdade, recomeçar.
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